Oi, pessoal, a crônica dessa semana está novamente em inglês, mas vou dar uma colher de café e a tradução vem logo a seguir. Foi um artigo que publiquei no Oxford Mail sobre o time de futebol feminino do Oxford United (é claro). Já assisti a 3 partidas das Oxford United Ladies e resolvi contar um pouquinho acerca do esforço do técnico e das jogadoras. O artigo mostra que o preconceito contra o futebol feminino não é privilégio do Brasil. Espero que seja interessante e ajude um pouquinho a manter acesa a chama do futebol feminino depois da brilhante Copa do Mundo. Elas têm direito e merecem!
(publicado no Oxford Mail em 26 de outubro de 2007)
UNITED'S SUCESSFUL LADIES ARE RIDING HIGH
Answer quickly: Which Oxford team today ranks highest in the football pyramid? Oxford United - yes, Oxford United Ladies, writes MARCOS ALVITO.
While the U's struggle in non-League and Oxford City compete in the eighth tier, United Ladies play in the fourth level of women's national football.
Formed in 2005/6, they were crowned champions in their first season, winning all 25 matches, in addition to the Thames Valley Cup and OxfordShire Cup.
The following year they were promoted again. Today they play in the Regional Southern Premier Division.
“I don't understand how people cannot play football. It doesn't make sense to me,” says Captain Kim Leslie Pringle, 24.
A tough and skilled defender, Kim had already played in the first division with Readind Ladies before joining Oxford United Ladies in the midst of their first season. She would love to play professionally.
“If you love football you would do anything to play all day, everyday.”, said Pringle, who graduated in Sports Science from Abingdon College and works for Oxford City Council.
The other players also work or study. They all come together to practice two nights a week, near Horspath Road Athletic Track.
Some travel one hour by train to be there.
Such dedication is also shown during matches, some playing with injuries.
They wash their kits, clean their own boots and reach into their own pockets to maintain the club.
Sometimes they drive themselves to away matches, leaving early in the morning and arriving home late at night.
Their manager, Paul Davis, has a UEFA B license, the same held by Chelsea's manager, Avram Grant.
He runs the club in a professional manner. The girls must arrive two hours before the match.
As they play on Sunday afternoons (kick-off at 2 pm), he has asked them not to go out on Saturday nights, a severe demand for a team composed mainly of under 25-year-olds.
Co-Captain and defender Katherine Boardman, 24, wears the yellow shirt proudly, not only as a player, but also a Oxford United diehard fan and season-ticket holder.
She learned to be a tough player practicing with her brothers and other boys, believes there is still prejudice against women's football but having the World Cup being shown on BBC has helped curb that.
Pringle is not so optimistic, though, as she said some men still ask if the girls play on a smaller pitch and are surprised by the fact that they play for the same ninety minutes!
However, Pringle is passionate about the game.
Why? As Kim puts it, in her straightforward manner: “It just gets you away from everything, you have to play, you just forget about everything.
For the 90 minutes that you play football, it is just football, there’s nothing else there.”
Marcos Alvito is a Brazilian anthropologist currently living in Oxford and writing a book on English Football Culture called The Queen in Boots: 200 days of English Football.
For more information about Oxford Ladies, visit http://www.oulfc.co.uk/.
TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS FEITA NO PARAGUAI... (ficou terrível, tentem ler no original)
BEM SUCEDIDAS MENINAS DO UNITED VOANDO ALTO
Responda rápido: hoje em dia qual time de Oxford ocupa o lugar mais alto na pirâmide do futebol? Oxford United - sim... Oxford United Ladies, escreve MARCOS ALVITO.
Enquanto os U's ´[apelido do Oxford United] sofrem na 5a. divisão e o Oxford City compete na 8a., o Oxford United Ladies joga na 4a. divisão nacional do futebol feminino.
Formado em 2005/6, o clube foi campeão na primeira temporada, ganhando todos os 25 jogos, além da Thames Valley Cup e da Oxfordshire Cup.
No ano seguinte foram novamente promovidas. Hoje elas jogam na Regional Southern Premier Division.
"Eu não entendo como alguém pode não jogar futebol. Não faz sentido para mim," diz a capitã Kim Leslie Pringle, 24.
Uma beque central firme e habilidosa, Pringle já jogou na Primeira Divisão com as Reading Ladies antes de ingressar no Oxford United no meio da sua primeira temporada. Ela adoraria jogar profissionalmente.
"Se você ama o futebol, você faria qualquer coisa para jogar o dia todo, todos os dias," diz Pringle, que é formada em Ciência do Esporte pelo Abingdon College e trabalha para a prefeitura de Oxford.
As outras jogadoras também trabalham e estudam. Elas reunem-se para treinar duas noites por semana no campo do centro de atletismo Horspath.
Algumas viajam uma hora de trem para chegar lá.
Tanta dedicação é também demonstrada durante os jogos, algumas delas jogando contundidas.
Elas lavam seus uniformes, limpam suas chuteiras e tiram do próprio bolso para manter o clube.
Algumas vezes são obrigadas a dirigir quando jogam fora de casa, saindo de manhã cedinho e voltando tarde da noite.
O técnico delas, Paul Davis, tem uma licença UEFA B, a mesma possuída pelo atual técnico do Chelsea, Avram Grant.
Ele dirige o clube de uma forma profissional. As jogadoras precisam chegar duas horas antes do jogo.
Como elas jogam no domingo à tarde (início às 14h), ele pediu a elas que não saíssem nos sábados à noite, um pedido espartano para um time composto predominantemente por moças abaixo dos 25 anos.
A co-capitã e defensora Katherine Boardman, 24, veste a camisa amarela com orgulho - não somente como jogadora, mas também como uma fanática torcedora do United e portadora de um cartão permanente do clube (season-ticket).
Ela aprendeu a ser uma jogadora dura praticando com seus irmãos e outros meninos, e acredita que ainda há preconceito contra o futebol feminino na Inglaterra, mas que a transmissão da Copa do Mundo pela BBC ajudou a diminuir o problema.
Pringle não é tão otimista, pois ela afirma que alguns homens ainda perguntam se as meninas jogam em um campo menor e ficam surpresos ao saber que elas jogam durante os mesmos 90 minutos!
Entretanto, Pringle é apaixonada pelo jogo.
Por quê? Como ela diz, na sua maneira direta: "Quando você tem que jogar, o futebol faz você esquecer de tudo.
Durante os 90 minutos que você joga futebol, nada mais importa."